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Política não se faz apenas gastando sola de sapato, mas com estudos de um projeto nacional

Política não se faz apenas gastando sola de sapato, mas com estudos de um projeto nacional

O Brasil precisa ser estudado, pois ainda não está pronto e é, relativamente, um país novo em comparação com nações europeias e asiáticas. Os brasileiros precisam estudar, principalmente a ciência política para terem conhecimento ou noção sobre as instituições de poder e seus comportamentos. É por isso, talvez, pela falta de estudo político, que estivemos […]

Pedro Ribeiro - quarta-feira, 13 de março de 2024 - 10:30

O Brasil precisa ser estudado, pois ainda não está pronto e é, relativamente, um país novo em comparação com nações europeias e asiáticas. Os brasileiros precisam estudar, principalmente a ciência política para terem conhecimento ou noção sobre as instituições de poder e seus comportamentos.

É por isso, talvez, pela falta de estudo político, que estivemos tão órfãos em nossa história com angustiante expectativa do que vem no dia seguinte. No entanto, sempre estivemos confiantes sem termos certeza, amedrontados na aposta do que nos resta de esperança, com entusiasmo, mas cheio de involuntárias dúvidas.

Em todas as eleições esperamos nos deparar com políticos com formação, com lideranças genuínas e perfis de estadistas que nos façam acreditar na possibilidade de haver um projeto nacional com percepção visionária de futuro que seja capaz de despertar nosso ânimo e entusiasmo. Um projeto nacional.

Nas últimas eleições ao Senado, o Paraná elegeu um dos mais destacados empresários do Estado, porém, não com figura política. Um desconhecido, mas um economista, filósofo e estudioso. Quem imaginava que o empresário e hoje senador, Oriovisto Guimarães assumiria a Câmara Alta para fazer política, errou. Seu perfil é diferente e voltado a um projeto nacional e não de rodar o Estado em busca de votos para reeleição. Ele avisou que não quer ser reeleito.

O ônus político não demorou a aparecer nos quatro cantos do Estado. A grande maioria dos paranaenses passou a criticar o seu representante pelo fato de ele não visitar municípios, embora seu gabinete sempre esteve aberto para receber todo mundo. “Não faço política pessoal. Meu trabalho, no Senado Federal, está voltado a um projeto nacional para o nosso Brasil e consequentemente ao Paraná”, pontuou, certa vez, em entrevista.

Oriovisto Guimarães repudia o extremismo. É um cidadão e político com ideias ponderadas. Critica quando tem que criticar e elogia quando conveniente. Dessa forma, se transformou em um dos senadores mais respeitados entre seus pares. Porém, um “ocioso”, segundo a miopia paranaense. Todas as semanas está no Congresso Nacional cumprindo sua missão, questionando e aprovando projetos de leis que possam beneficiar os brasileiros.

Nesta semana, jogou pesado contra o presidente Luis Inácio Lula da Silva e, por várias vezes, também se posicionou contra medidas do ex-presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com seus estudos, ao não distribuir os lucros para fazer política, a Petrobras fica desacreditada como empresa.  O senador disse que o presidente Lula está agindo de forma equivocada, tentando contrariar as leis da economia para aumentar a popularidade e isso, na opinião de Oriovisto, só reforça o estilo populista do PT: “O governo Lula está agindo da mesma forma que o governo Bolsonaro, com populismo. Como a popularidade do presidente está caindo, Lula acha que o Estado deve ser o grande provedor, o que é um erro. Isso pode destruir a Petrobras”.

Momentos depois, no Senado, Guimarães, que é da área de educação, defendeu o ensino integral e conseguiu a retirada de um destaque que previa que só professores com dedicação exclusiva poderiam ser contratados.

Este é seu estilo de trabalho. Por um Paraná forte e um Brasil grande.

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