Mais sóbrio, Bolsonaro defende vida e emprego dos trabalhadores
Quem pensou que o presidente Jair Bolsonaro iria fazer um pronunciamento bombástico com foco no retorno ao trabalho, err..
Quem pensou que o presidente Jair Bolsonaro iria fazer um pronunciamento bombástico com foco no retorno ao trabalho, errou. Mais sóbrio e com pés no chão, disse que os brasileiros queriam ouvir e em nenhum momento falou em desacelerar o esquema de isolamento preconizado pelo Ministério da Saúde com aval da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O presidente falou em primeiro preservar a vida, depois o emprego. Relatou as ações do Ministério da Economia na liberação de recursos a empresários e principalmente aos mais fragilizados, através de aumento da Bolsa Família e destacou a participação das forças armadas na luta contra o coronavírus. Também elogiou os caminhoneiros, os homens do campo e os agentes da área da saúde.
Bolsonaro provavelmente ouviu pessoas mais sóbrias para fazer este pronunciamento descartando o chamado “gabinete do ódio” liberado pelo filho Carlos Bolsonaro. Não fez críticas, nem mesmo à imprensa. Acho que tomou um banho de água benta, o que é bom pra o Brasil e para o povo brasileiro. Ou levou uma canelada de coturno.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou liberação de compulsórios para dar maior poder de fogo aos bancos na oferta de crédito, antecipação de 13º de aposentados e pensionistas do INSS, inclusão de famílias no Bolsa Família e criação de auxílio emergencial a trabalhadores informais. Ele também citou medidas para proteger o emprego de quem tem carteira assinada, que devem sair “hoje ou amanhã”.
“Estamos lançando esses recursos, já somamos 2,6% do PIB nesse ‘orçamento de guerra’ e que chamo de medidas emergências”, disse Guedes, em referência a como os gastos “paralelos” da crise estão sendo chamados. “Já tínhamos um déficit estrutural de 2,6% e já está em 5,2% do PIB.” Segundo Guedes, Bolsonaro orientou a usar todos os recursos necessários para defender a saúde e o emprego dos brasileiros.