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Lula decreta intervenção, culpa Bolsonaro e Ibaneis e segurança nacional faz prisões

Lula decreta intervenção, culpa Bolsonaro e Ibaneis e segurança nacional faz prisões

Os atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes resultaram em várias prisões e intervenção na segurança pública do DF.

Pedro Ribeiro - domingo, 8 de janeiro de 2023 - 19:14

Os ataques de radicais bolsonaristas, com terroristas infiltrados, que invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal, levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a declarar intervenção na Segurança Pública do Distrito Federal devido, também, à negligência do governador Ibaneis Rocha na condução das ações das forças de segurança.

O objetivo da intervenção, disse o presidente, é “pôr termo ao grave comprometimento da ordem pública no Estado do Distrito Federal, marcada por atos de violência e invasão de prédios públicos”. Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro chegaram até o terceiro andar do Planalto, onde fica o gabinete do presidente da República.

“’É preciso que essa gente seja punida de forma exemplar, de forma que ninguém nunca mais ouse, com a bandeira nacional nas contas, ou com a camiseta da seleção brasileira, para se fingirem de nacionalistas, de brasileiros, façam o que eles fizeram hoje”. 

Após o pronunciamento de intervenção, as forças de segurança nacional e a Polícia Militar agiram com rapidez e dispersaram um grande número de manifestantes que estavam no Congresso Nacional. As Forças Armadas continuam silenciosas.

A inteligência do Governo Federal havia alertado sobre a presença de 100 ônibus com manifestantes bolsonaristas. O governador Ibaneis Rocha foi avisado, mas não teu importância ao ato. 

Os invasores foram comparados por Lula como nazistas e fascistas. “O governo vai identificar e responsabilizar todos os responsáveis, inclusive quem financiou os atos. “Vamos descobrir quem foram os financiadores desses vândalos que foram a Brasília e pagarão com a força da lei por esse gesto antidemocrático”, disse o presidente.

Lula também responsabilizou o ex-presidente Jair Bolsonaro por incentivar seus apoiadores a realizarem atos violentos e antidemocráticos. “Esse genocida não só provocou isso, como também, quem sabe, está estimulando ainda pelas redes sociais”, afirmou.

Foi uma barbárie o que aconteceu neste domingo em Brasília. Quem se intitula patriota, com pretensões de fazer um movimento ou um protesto de insatisfação com a eleição do presidente, não depreda o patrimônio público. 

Essas falsas lideranças que ainda pregam a democracia estariam tentando colocar mais fogo na gasolina para conseguir uma vítima, um mártir. Estes atos não combinam com o Brasil.

Mal sabem estes “patriotas” que o que eles estão fazendo terá um preço muito alto para seu líder, o ex-presidente Bolsonaro. É claro que haverá retaliações e o “tal mito, que fugiu para os Estados Unidos”, será responsabilizado através das dezenas de processos que terá que responder no Brasil. 

Em nota, o governo do Estado, Ratinho Junior disse que “o Estado do Paraná repudia os atos terroristas ocorridos neste domingo (8), em Brasília. Ações desta natureza são inadmissíveis e atentam contra a democracia e o estado de direito. Somos a favor da paz e do respeito. O Paraná se coloca à disposição do Ministério da Justiça para auxiliar no que for preciso e contribuir para a rápida retomada da ordem e da paz na capital federal”. 

O senador paranaense, Oriovisto Guimarães, líder do Podemos no Senado, foi duro e reprimiu o ato antidemocrático com depredações do patrimônio público.

O líder do PT na Câmara Federal, Zeca Dirceu, divulgou nota do twitter com representação da bancada do PT ao STF pedindo a prisão de todos os terroristas que invadiram a Praça dos Três Poderes e a Esplanada dos Ministérios.

COM O RABO ENTRE AS PERNAS 

Por Alceo Rizzi
Diária de 50 reais. Alimentação, água potável e produtos de higiene. É o que acampados em frente à quartel em BH recebiam e eventualmente ainda recebem de empresários financiadores que, inacreditavelmente, acham que continuam clandestinos. Uma amostragem do que deve ter acontecido e ainda acontece no restante do País. Aquele sujeito, por exemplo, que se traveste de Zé Carioca antes aliado fanático da delinquência oficial, com toda sua credibilidade,  apura o faro e agora declara  que não aprova e nunca financiou manifestações em frente à quartéis  contra o resultado da eleição presidencial, pedindo intervenção militar no País. Antes do resultado, havia dito que abandonaria o País se o candidato vencedor fosse o eleito. Deve saber onde o calo aperta. Não há como evitar que o novo governo ajuste  um pente fino, gire a volta de um necessário torniquete fiscal sobre as atividades desses patriotas. Os que parecem já demonstrar manter o rabo entre as pernas, pensando seguir “havante” e os outros que se julgam clandestinos.   Sem revanche, uma sanitária necessidade de patriótica sanidade cívica. É o que se espera, pra começo. (Alceo Rizzi é jornalista)

 

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