Governo do Estado estaria no limite de gastos
Longe da mídia, à exceção da foto em que posa ao lado do presidente Jair Bolsonaro, depois de ter se recusa..
Longe da mídia, à exceção da foto em que posa ao lado do presidente Jair Bolsonaro, depois de ter se recusado a assinar a “carta dos governadores” em que pedem mais transparência e sensatez do governo federal, o governador Ratinho Junior continua fazendo lançamentos de projetos em todo o Estado.
Mesmo com seus aliados na Assembleia Legislativa elogiando com largos sorrisos a prestação de contas da Secretaria da Fazenda, onde sustenta que os números são bons, o Governo do Estado ou o governador terão que mostrar algo mais real, mais palpável neste início de ano, porque o tempo de “ajustes” já passou.
“O Paraná é um Estado diferenciado, apresenta índices acelerados de crescimento econômico. Isso é fruto da boa gestão do governo, é fruto do excepcional trabalho de quem gera riqueza, do agronegócio, do empresariado, e devemos reconhecer o papel da Assembleia, que nunca se esquivou de tomar medidas, mesmo que impopulares e de alto custo político, para garantir o ajuste fiscal e a reforma previdenciária”, canta na Alep, seu presidente e aliado de primeira hora, Ademar Traiano.
É preciso analisar com lupa esta condição “favorável”, pois as despesas com pessoal e encargos sociais do governo atingiram o limite e acenderam luz amarela na Lei de Responsabilidade Fiscal. Isto, apesar de o governo ter dito que reduziu a máquina, enxugou aqui e ali, adotou compliance e adotou choque de gestão.
A despesa do governo está em 54% da receite corrente líquida e não pode chegar a 60%. Com isso, o Paraná atingiu o limite prudencial de gastos que interfere na criação de cargos na administração pública.
O Estado, em outras palavras, gasta com folha de pagamento quase o total que arrecada, ou seja, da receita de impostos e contribuições.
Sinal de alerta e não para comemorações.