Colunas
Dívida de partidos e fundão, vergonha nacional

Dívida de partidos e fundão, vergonha nacional

Como desgraça pouca é bobagem no país das impunidades, a informação de que partidos políticos que receberão R$ 5 bilhões do “fundão” em campanhas nas eleições devem mais de R$ 84 milhões aos cofres públicos.

Pedro Ribeiro - segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022 - 11:26

Como desgraça pouca é bobagem no país das impunidades e das sacanagens, a informação de que partidos políticos que receberão R$ 5 bilhões do “fundão eleitoral” para gastanças em campanhas nas eleições de outubro, devem mais de R$ 84 milhões aos cofres públicos. É de deixar o brasileiro da fila do pé de galinha e  aqueles que querem um Brasil sem desigualdades, de cabelos em pé.

Uma empresa, de qualquer ramo ou tamanho, se deixar de pagar impostos é automaticamente alijada dos processos de licitação do poder público, ou seja, não pode fazer nada. Já o PT, isso mesmo, o Partido dos Trabalhadores, deve R$ 23,6 milhões aos cofres públicos em multas para a Justiça Federal, pagamentos atrasados para a Previdência Social e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.  A dívida total de alguns partidos chegam a R$ 84 milhões, segundo informa o Estadão.

Esta dívida, que daria para ajudar muita gente,  é considerada como débitos já parcelados.

Depois do PT, o maior devedor, vem o Democratas (DEM), com R$ 6,5 milhões. Apesar desta enorme dívida, não impede que os partidos continuem recebendo recursos púbicos do Fundo Partidário – R$ 1 bilhão – e do Fundo Especial de Financiamento de Campanhas – Fundão – R$ 4,9 bilhões. 

Isto é de deixar qualquer cidadão ruborizado de vergonha. Já políticos e o próprio presidente Jair Bolsonaro, não.

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

 

Para o senador Alvaro Dias (Podemos), este modelo político é retrógrado e está condenado. “Precisamos fazer uma reforma política que impeça essa fábrica de siglas partidárias que se alimentam dos recursos públicos e sobrevivem à custa do dinheiro público. O caminho seria a cláusula de barreira para impedir essa barbárie. Hoje tudo é por dinheiro e mais parece uma feira montada pelo fundão, tipo quem dá mais. Os valores chocam, são estravagantes”, disse.

Alvaro Dias foi contra o fundão.

 

Compartilhe