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Como experiências da infância podem influenciar nossa vida adulta?

Como experiências da infância podem influenciar nossa vida adulta?

O quanto podemos ficar presos a estas experiências, na chamada “zona de conforto”? Inúmeras formas de terapias podem nos ajudar

João Arruda - quarta-feira, 14 de dezembro de 2022 - 15:30

Ah, hoje quero fazer você remexer no fundo do seu baú de experiências! E mais, fazer você refletir sobre o porquê, muitas vezes, escolhemos nos manter sempre no mesmo patamar físico, emocional, social ou profissional.

Você já parou pra pensar o quanto a situação em que você está pode ser desconfortável, apesar de conhecida e estável? A analista transacional, Maku Almeida, diz que aquilo que chamamos de “zona de conforto” pode ser nosso cárcere. Um lugar de onde não conseguimos sair apesar de todo desconforto, de toda a inquietude que ele nos provoca. Eu nunca tinha pensado assim. E você?

Você pode estar se perguntando: “mas o que isso tem a ver com a nossa infância”?

Bem, a Maku Almeida, como boa analista, levanta inúmeros pontos como, quanto de nós, adultos, somos reflexo da criança que guardamos ou reprimimos dentro de nós?! A partir deste ponto, vamos a diante: o quanto nossas memórias, nossa alegria, nossas tristezas, carregadas desde a infância, afetam as atitudes de adulto na vida pessoal, social e profissional.

Eric Bernie, psiquiatra que criou a abordagem terapêutica chamada “análise transacional” disse que “nascemos príncipes e princesas, depois viramos sapos”. Isso quer dizer que a educação que recebemos, as experiências que vivemos lá na infância, nos marcam profundamente a ponto de nos transformar em “sapos”.

Por isso, é tão importante cuidar da saúde mental das nossas crianças. Precisamos ouvir mais nossos filhos, oferecer suporte e um cuidado mais assertivos. Como fazer? Oferecendo o que a terapeuta chama de amor inequívoco, ou seja, evidente. É preciso evidenciar nosso amor.

Quando nossas crianças interiores são aprisionadas deixamos de manifestá-las, por exemplo, pela criatividade, pela alegria, pelo bom manejo das emoções. Mas, como podemos nos libertar para atingir o estado de felicidade?

Atualmente, existem inúmeras formas de terapias que podem nos ajudar. Em primeiro lugar aceitando que, muito daquilo que carregamos são retalhos dos nossos pais. Porém, compreendendo que eles fizeram o que acreditavam ser certo, naquele momento. De nada adianta culpá-los! Podemos reconhecer que não foi bom, claro. Mas também podemos perdoá-los e aceitar que existem outros caminhos em busca de uma vida mais feliz. Podemos nos afastar daquele lugar conhecido, chamado zona de conforto, mas que nos deixa tão desconfortáveis, encarando nossos erros, nossos medos e nossas dificuldades em busca da verdadeira mudança interior.

Como disse, Maku Almeida: “mudar padrões permite expandir o cérebro. Não limite a sua vida”!

A conversa completa você pode acompanhar pelo Mundo Real Cast, para saber mais sobre análise transacional, sobre a necessidade de mudança de padrões de comportamento para o desenvolvimento humano, educação dos nossos filhos, conexões com os nossos pais, coaching, mentoria, e o poder do amor.


João Arruda é bacharel em Ciência da Saúde Integrativa pela Stetson University. Editor e apresentador do videocast Mundo Real. Acompanhe nas redes sociais:

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