Colunas
A régua do sucesso político

A régua do sucesso político

“Um político bem-sucedido é aquele que promove o bem comum e não apenas o seu bem pessoal”. Oriovisto Guimarães.

Pedro Ribeiro - terça-feira, 6 de dezembro de 2022 - 07:21

Senador Oriovisto Guimarães

A régua mede ao mesmo tempo o sucesso da política e a felicidade geral da nação. Pode-se medir o sucesso, calculando-se, por exemplo, quantas pessoas abriram mão de um auxílio mensal de R$ 600,00, por terem conseguido um emprego que lhes pague mais do que isso e promova dignidade. Pela mesma métrica, quantas pessoas deixaram de depender da Farmácia Popular, por terem agora o necessário poder aquisitivo para entrar em qualquer farmácia e comprar seus medicamentos.

Tanto o Auxílio Brasil como a Farmácia Popular são programas necessários e importantíssimos, afinal quem tem fome ou precisa de um medicamento não pode esperar. Mas a política que eterniza o cidadão como dependente de um auxílio estatal, ou que estimula essa tutela do poder público para usar o assistencialismo como moeda de troca, é claramente um fracasso.

Uma política, assim como o político que a propõe, só pode ser considerada um sucesso quando é capaz de promover o desenvolvimento da nação garantindo oportunidades para todos, com a criação de milhares de novos empregos e a geração de renda.

Quando a economia cresce sustentavelmente, os empregos aparecem, o indivíduo se sente útil e o próprio governo arrecada mais impostos, podendo investir mais em segurança, educação e saúde.

O sucesso de uma política pode ser medido pelo crescimento sustentável do PIB e pela capacidade do governo de aplicar bem, e com produtividade crescente, os recursos que arrecada com impostos.

É falso o dilema de que a responsabilidade social – o cuidado com os menos favorecidos – opõe-se à responsabilidade fiscal e à criação de ótimas condições para o crescimento do PIB.

Na verdade, essas duas responsabilidades são complementares, uma não pode existir sem a outra. No final do governo Lula, que ora se inicia, não tenho dúvidas, seu sucesso será medido com respostas a esses questionamentos: Quantas pessoas saíram da miséria e deixaram de depender do Bolsa Família (ex-Auxílio Brasil)? Quantos novos e produtivos empregos foram criados? Quanto cresceu o PIB brasileiro nos últimos quatro anos do governo? Isso definirá a aprovação do novo presidente e de seu partido.

Conceder uma ajuda eventual, um auxílio mínimo, é importantíssimo e muito fácil de se fazer. Promover o crescimento da economia, transformando milhões de pessoas carentes e famintas em cidadãos com emprego, saúde, educação, dignidade e futuro, é tarefa muito mais complexa, uma vez que exige inteligência, experiência e uma enorme habilidade do primeiro mandatário da nação.

O futuro próximo bate na porta e  gritará bem alto seu veredito.

Senador Oriovisto Guimarães- Líder do Podemos no Senado.

Compartilhe