RB Manifesto da União das Mulheres Advogadas
Está na pauta da reunião de amanhã do Colégio de Presidentes dos Conselhos de Seccionais da OAB, a proposição de maior p..
Está na pauta da reunião de amanhã do Colégio de Presidentes dos Conselhos de Seccionais da OAB, a proposição de maior participação feminina nas eleições da Ordem, batizada de Projeto Valentina.
Valentina Jungmann, a Conselheira de Goiás que dá nome ao projeto, defende a adoção de mecanismos que viabilizem uma maior e mais efetiva participação de advogadas: “Sem dúvida, a representação numérica igualitária e paritária torna os espaços políticos mais democráticos, harmonizando as diferenças”.
Afinal, “mesmo representando quase metade dos inscritos na OAB, não ocupamos sequer 30% dos cargos de direção e de decisão do Sistema OAB”.
Hoje não temos uma única mulher presidente de seccional.
A atual gestão da OAB/SP tinha como promessa de campanha assegurar a maior representatividade das advogadas no Conselho e em cargos diretivos.
Hoje, o trabalho imprescindível que as Conselheiras vêm desempenhando na atual gestão deveria ser razão mais do que suficiente para justificar o apoio irrestrito da seccional ao projeto de paridade total.
Promessas de campanha devem ser cobradas e a OAB/SP se retrai e não levanta a bandeira da igualdade de gênero neste momento em que o tema está no centro do palco.
“É um verdadeiro escândalo não termos uma advogada sequer presidente de seccional. Apoiar o Projeto Valentina é reconhecer a importância da advocacia feminina e abraçar na prática uma postura que se pretende igualitária na teoria”, diz a advogada Dora Cavalcanti, uma das representantes do UMA- União das Mulheres Advogadas, que representa 300 advogadas das mais diversas áreas do Direito.
“Esperamos e acreditamos que o presidente da OABSP vai atender ao pedido de metade da classe de advogados que é representada por mulheres e votará sim para a paridade de gênero nas próximas eleições”, acrescenta Claudia Bernasconi.
Exigimos total apoio ao Projeto Valentina e total apoio à proposta de cotas raciais levada pela Carta Aberta de Juristas Negras de modo a enfrentar iniqüidades de gênero e de raça que se refletem no sistema OAB.